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Diário de pesquisa 1

Eu deveria ter começado a escrever algo assim lá no meu primeiro curso, em Publicidade e Propaganda que fiz na Unipampa – São Borja, quanta coisa eu teria guardado para minhas pesquisas e estudos depois. Mas antes tarde do nunca, não é mesmo?
Então, vamos lá!
Desde Setembro do ano passado eu estou trabalhando como PIBIC (Programa de Bolsas de Iniciação Científica) no LabPort da UFSM e a minha orientadora é a professora Sara Regina Scotta Cabral, que tem me proporcionado muitos aprendizados.
E sobre o meu trabalho, posso dizer que é tranquilo. Eu coleto corpus – não, não tem nada a ver com gente morta! São textos (acadêmicos, jornalísticos e o que mais for relevante coletar), pesquisas que são salvas em vários formatos e depois são transferidos para um programinha no computador chamado wordsmith. Sobre isso tem um cara que colabora muito com os estudos sobre linguística de corpus, Tony Berber Sardinha.
Então, esse corpus é composto por textos dos diversos gêneros. Cada qual tem seus objetivos que contribuem para pesquisas e a organização deles facilitará a busca por esses materiais de pesquisa. Por isso, coleto os textos de jornais e tenho acesso a muitas dissertações e teses, salvo cada um deles em pastas específicas para que, depois, eles sejam coletados e as palavras sejam contadas no wordsmith. Isso é feito pela minha outra colega de laboratório. Essa parte, como não é minha, sei bem pouco.
O que posso dizer é que, através dessa contagem, podemos montar uma biblioteca de pesquisa para o curso de Letras da UFSM (olha que legal, hein!) que já conta com mais de 3 (três) milhões de palavras. E isso ajuda muito pesquisadores interessados em análises de discursos, trabalhos sobre Linguística e Literatura, e o que mais estiver relacionado a textos, gêneros e contextos.
O que tem sido um desafio para mim é a tal de Gramática Sistêmico-Funcional de Halliday (2004), mas fiquei bem interessada desde que soube que ela é utilizada como ferramenta para leitura de textos publicitários, minha área de paixão o que me dá algumas ideias para futuras pesquisas.
Esse trabalho tem me motivado a continuar estudando, fazer uma segunda graduação tem sido bastante cansativo. E morar longe de casa às vezes é muito difícil. Aprender a me virar com o pouco que dá tem sido desafiador, mas gratificante. Acredito que estar onde estou tem me ajudado a ser “gente grande”, o que não é tão divertido assim, mas necessário.




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