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Diário de Pesquisa.

Muitas perguntas vieram a minha cabeça quando diante de mim apareceu a oportunidade de fazer uma pesquisa. Ao mesmo tempo em que me senti imensamente empolgada, veio até mim o medo do desconhecido, por assim dizer. Como fazer uma pesquisa? Ou um projeto de pesquisa? Que professor escolher para me orientar? Acho que estas são algumas das perguntas mais comuns que se passam pela cabeça de todos os acadêmicos que estão prestes a iniciar uma pesquisa. Mas depois desse “medo” inicial de tantas coisas desconhecidas, aos poucos as coisas vão se acalmando e assim é possível pensar com mais clareza até que se chegue a um tema para a pesquisa em questão.
Algo que havia, com toda a certeza, pego minha atenção desde o começo de minha vida acadêmica foi a área da linguística. Logo que fui apresentada a essa área senti um interesse instantâneo por saber mais sobre. E foi ao me familiarizar aos poucos com a linguística que acabei conhecendo a “Análise de Discurso” por meio de comentários de uma professora em aula. Interessei-me por saber do que se tratava e fui fazer uma breve pesquisa na Internet e, assim, descobri que a linha francesa da análise de discurso realmente me chamava atenção.
Durante as férias, pesquisei brevemente sobre Pêcheux e notei que cada vez mais a AD me conquistava. Desse modo, logo que o período de matrículas teve início, fui informada por uma colega de que havia uma DCG chamada “Tópicos em estudos discursivos” e me matriculei por achar muito interessante. E foi a partir dessas aulas que desenvolvi um pouco mais meus conhecimentos acerca a análise de discurso, finalmente escolhi minha orientadora, e pude ler alguns artigos. Apesar de minhas leituras, poucas ainda, cheguei à conclusão de que muito me interessam os estudos sobre “sujeito e memória”, e creio que a partir disso, conseguirei, futuramente, escolher um corpus para trabalhar com essa questão. Nos próximos dias, pretendo sair de minhas breves pesquisas na internet e iniciar a leitura de “A inquietação do discurso” da autora Denise Maldidier, e finalizar a leitura de “Análise de Discurso: princípios e procedimentos” de Eni Orlandi.

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